Estão abertas as inscrições para o curso teórico-prático “Da Teoria à Prática na Amazônia: Imersão Cultural no Festival de Nazaré (RO)”  que irá acontecer entre maio e julho de 2024.

 

O programa de formação tem como objetivo principal despertar o interesse e criar um arcabouço de conhecimento teórico-prático acerca do contexto Amazônico, principalmente ribeirinho, que auxilie no desenvolvimento de ações socioambientais na região Amazônica, buscando a valorização da vida na floresta. As atividades serão ministradas em formato híbrido, com aulas/atividades presenciais e remotas, sendo dividido em 2 etapas.

Na primeira etapa (maio e junho) serão abordados conceitos teóricos relativos ao contexto Amazônico, com ênfase em comunidades que vivem em contexto ribeirinho. Na segunda etapa, um ciclo de atividades imersivas acontecerá na comunidade de Nazaré, Porto Velho-RO, às margens do Baixo Rio Madeira, no período de 8 a 25 de julho de 2024.

Compreendemos que qualquer ação visando a conservação da floresta – seus rios, lagos, fauna e flora – deve ser desenvolvida em estreita parceria com as comunidades que a habitam, pois estas populações vivem de maneira integrada à floresta, em uma relação de interdependência, e são as principais prejudicadas pelo desmatamento e pela expansão de grandes obras de desenvolvimento na região.

Nesse sentido, a formação buscará propiciar a discussão, a vivência e o engajamento entre participantes e pessoas das comunidades na busca por novos caminhos de desenvolvimento fundamentados na valorização da vida na floresta, respeitando a cultura e os saberes tradicionais de seus habitantes. Buscaremos possibilitar novas formas de ver e de estar no mundo através das trocas e experiências vivenciadas, tanto no processo de formação no estado de São Paulo como nas atividades práticas em Rondônia.

Resumo das informações: Da Teoria à Prática na Amazônia: Imersão Cultural no Festival de Nazaré (RO)


Informações Gerais: Descrição Completa

Inscrições: Formulário de Inscrição

Após o preenchimento do formulário a organização entrará em contato para dar continuidade a inscrição.

Ficou com dúvida? Entre em contato pelo e-mail formacao@napra.org.br

Observações

  • Pessoas que moram muito distantes de São Paulo e tem interesse podem entrar em contato com a organização para pensarmos na possibilidade.
  • As inscrições em grupos de 5 pessoas terão desconto de 10% no pagamento. Desconto não cumulativo.
  • Vagas limitadas. 
  • A realização do curso está sujeita à quantidade mínima de matrículas e as condições sanitárias do momento.
  • Em caso de cancelamento do curso pela instituição, o valor total pago será reembolsado em até 30 dias corridos.
  • O Parcelamento do curso corresponde aos meses de abril, maio e junho.


Data de realização: Julho de 2019 até março de 2023

Território de atuação: Comunidades de São Carlos do Jamari, RESEX Lago do Cuniã, Cavalcante e Nazaré

O NAPRA engloba em sua visão a busca pelo fortalecimento comunitário e o apoio às associações locais na reivindicação de direitos básicos para as populações das comunidades com as quais atua. Assim, a instituição vem elaborando projetos que propõem a instrumentalização das populações com ferramentas que possam ser utilizadas para este objetivo, trabalhando sempre com base em metodologias participativas.

A realização do diagnóstico socioambiental das quatro comunidades localizadas na zona rural de Porto Velho (RO) aconteceu por meio da aplicação de um questionário em visitas domiciliares. Foram coletados tanto dados individuais, que correspondem ao conjunto de informações que identificam determinada pessoa, como dados coletivos, que correspondem à identificação de um domicílio. O questionário foi aplicado em julho e agosto de 2019, enquanto a Equipe NAPRA estava nas comunidades, sendo coletadas informações de pessoas e residências distribuídas proporcionalmente ao longo de todo o território.

Um diagnóstico socioambiental é uma importante ferramenta de gestão local. Ele permite o conhecimento do ambiente e da comunidade, ajudando a identificar as demandas que existem, a partir do levantamento de informações específicas. Sua construção considera diversas interações entre elementos sociais, econômicos, ambientais e culturais. Ele possibilita o planejamento participativo e direciona práticas para interações locais, com foco nas necessidades e problemas da população.

Dessa forma, nos anos de 2020 e 2021, foram feitas análises e interpretações das informações coletadas, sendo estas transformadas em cartilhas, com linguagem contextualizada, para serem disponibilizadas para as comunidades e demais pessoas interessadas. Especificamente para o caso de Cavalcante, a cartilha produzida também contém a construção cartográfica participativa de mapas.

Com o intuito de dar a devolutiva do material produzido pelo NAPRA, a equipe foi à campo em novembro de 2022 e fevereiro/março de 2023. Para isso, foram desenvolvidas diversas atividades, incluindo visitas domiciliares, distribuição das cartilhas para moradores e em espaços públicos, discussões coletivas, entrevistas livres e elaboração de mapas falados.

Após um longo período sem a ida do NAPRA para o território, a devolutiva também permitiu retomar os vínculos com as comunidades e compreender as atuais demandas e desafios. Buscar-se-á a partir das informações obtidas em campo a elaboração de projetos futuros colaborativos que estejam de acordo com as problemáticas e demandas apontadas pelas pessoas das comunidades e percebidas durante a execução do projeto.

Confira na íntegra os produtos do projeto, bem como o relatório de atividades de campo!

Fortalecendo raízes e transpondo barreiras:

Equipe NAPRA: Carolina Silva Costa; João Pedro Sisternes; Julia Caltabiano Sampaio Vianna Carvalho Rosas; Julia Maria dos Santos Silva; Julia Martins Pereira; Larissa Ferreira; Letícia Esthefânia Halluli Menneh; Mareliza Menezes; Mariane Plana Natasha Fischer Morelli; Stella Mendes Louzada; Tainã Pais da Silva.

Parcerias: Victor Eduardo Lima Ranieri

Apoio: Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP; Programa Santander Universidades; Fundo CASA Socioambiental e ICMBio.

Realização: Julho de 2017 e Julho de 2018

Território de atuação: São Carlos do Jamari, Nazaré e Resex Lago do Cuniã

Sobre o projeto:

No Brasil, estudos apontam que 22,9% dos motivos que levam à evasão escolar estão relacionados a problemas de visão e quase 20% da população brasileira necessita usar óculos e não sabe.

A partir de estudos feitos pelo NAPRA e com dados como este, se iniciou o projeto de “Atendimento Oftalmológico NAPRA”. Assim, em julho de 2015, o grupo executou um projeto de avaliação da acuidade visual com as crianças da comunidade Reserva Extrativista do Lago do Cuniã (RESEX Cuniã). Graduandas da faculdade de Catanduva fizeram testes de acuidade visual por meio da tabela de Snellen na escola do núcleo Silva Lopes e avaliaram um número significativo de crianças com baixa acuidade visual e o seu impacto no desempenho escolar das crianças. Em 2016 dando-se continuidade ao projeto, foi realizada a avaliação tanto de crianças como adultos da comunidade como um todo.

Com esses resultados e a partir de relatos dos comunitários, o NAPRA, a Renovatio e os médicos oftalmologistas Dr. Lenine Botigelli e Dr.Felipe Ciconelli Peixoto se uniram para realizar uma ação conjunta, no período do dia 13 a 21 de Julho de 2017, em duas comunidades nas quais o NAPRA atua há diversos anos: a Reserva Extrativista do Lago do Cuniã e a comunidade de Nazaré, em Rondônia.

Através de parcerias com o Instituto Verter, Hospital de Olhos de Guarulhos, Secretaria Municipal de Saúde de Porto Velho, Dr. Milton Yogi, Marte Veículos e apoio a partir de doações, realizamos 492 atendimentos oftalmológicos com o total de 235 óculos distribuídos, além do encaminhamento de 57 pacientes diagnosticados com doenças oculares para centros de referência em Porto Velho.

No ano seguinte, durante o período de 15 a 20 de Julho de 2018, foi a vez de realizar o projeto na comunidade de São Carlos do Jamari (SCJ), onde comunidades próximas também foram atendidas, como Cavalcante, Rio Verde, Bom Serazinho, Brasileira e Prosperidade. O atendimento aconteceu na estrutura da escola EMEF Henrique Dias, na comunidade de SCJ e foram realizados 641 atendimentos oftalmológicos, 465 óculos doados e 111 pacientes encaminhados para centros de referência.

Pacientes diagnosticados com déficit de acuidade visual receberam as receitas, fizeram escolha das armações dos óculos e receberam orientações sobre patologias oculares, cuidados com os óculos e melhores práticas de saúde ocular. Os pacientes diagnosticados com outras patologias oftalmológicas, que necessitam de acompanhamento ou cirurgias foram encaminhados para centros de referência em Porto Velho – RO.

As armações dos óculos foram encaminhadas para Brasília – DF, onde foram feitas as montagens dos óculos de acordo com as lentes prescritas e os óculos confeccionados foram transportados de volta a comunidade de São Carlos e distribuídos para seus respectivos donos por intermédio das agentes comunitárias do posto de saúde.  

Parcerias:

– Dr. Lenine Botigelli e Dr.Felipe Ciconelli Peixoto (Doutores que realizaram os atendimentos em 2017 e 2018)

– Dr. Milton Yogi (Conselheiro e colaborador em 2017 e 2018)

– Instituto VerTer (cederam equipamentos para exames em 2017 e 2018) 

– Secretaria Municipal de Saúde de Porto Velho (Transporte de equipe e equipamentos em 2017 e 2018)

– Hospital de Olhos de Guarulhos (em 2017) 

– Marte Veículos (transporte dos equipamentos em 2017)

– Instituto Ver e Viver (doação de armações e lentes e montagem dos óculos em 2018).

– Ótica de Paula (Americana – SP) e Óticas Diniz (Porto Velho – RO) (doação de armações em 2018)

– Jamef (transporte dos equipamentos em 2018)

– Doações diversas do público que acompanha e confia no trabalho do NAPRA (em 2017 e 2018)


Acesse o relatório aqui

Realização: Início em 2008, com continuidade até 2019.

Território de atuação: Reserva Extrativista Lago do Cuniã

Sobre o projeto:

O NAPRA engloba dentro de sua visão a importância da valorização do trabalho extrativista, para garantia da reprodução sociocultural das populações tradicionais, e para a manutenção e proteção dos recursos naturais que mantêm a floresta em pé. Diante disso, foram realizadas diversas iniciativas visando o fortalecimento da cadeia de valor da castanha-do-brasil no território da Reserva Extrativista Lago do Cuniã (RO), através da associação Arte e Castanha com apoio do NAPRA.
O projeto nasceu em 2008 e perdurou de maneira ativa até o ano de 2019, sendo que a última atividade de destaque desenvolvida, foi a formação de estoque e beneficiamento da castanha-do-brasil. Ao longo dos 11 anos de projeto, as iniciativas foram diversas, e abrangeram diferentes aspectos de gestão organizacional e financeira, boas práticas de manejo, beneficiamento do produto, formação de estoque, comercialização e intercâmbios de aprendizado em outras localidades.

Financiamentos e premiações:

Financiamento da S3 – Scientific Solutions for Sustainability (alemanha) – Destinado para viabilização de estoque e beneficiamento da produção (2019)

PNUD – Viabilização do diagnóstico de produção da castanha-do-brasil na Reserva Extrativista Lago do Cuniã (2018)

Menção honrosa na premiação Jorg Zimmerman (2017)

Intercâmbio entre extrativistas da RESEX Lago do Cuniã (RO) e à RESEX do Rio Iriri (PA): Compartilhando experiências de miniusina de produtos Florestais não madeireiros e manejo de castanhais e Copaibeiras (agosto/2017) (Apoio ISA)

Implementação de desidratador de castanha (2016) (apoio ISA)

Edital CESE – Financiamento destinado à construção do galpão de armazenamento da associação Arte e Castanha (2010)