Comunidades Ribeirinhas

Apesar de bastante diferentes entre si, as comunidades com as quais o NAPRA trabalha possuem em comum sua localização, na região do Baixo Rio Madeira, na zona rural de Porto Velho (RO), além de uma estreita relação com o rio. 

 O Rio Madeira é o principal rio do estado de Rondônia e o maior afluente do rio Amazonas. Grande parte de sua extensão está no território brasileiro, mas sua nascente está localizada na Bolívia, na região da Cordilheira dos Andes, onde é conhecido como rio Beni. É um rio de planície que traça a fronteira entre Brasil e Bolívia.

A região do Baixo Madeira se estende desde a cachoeira de Santo Antônio, próxima a cidade de Porto Velho a sua foz no rio Amazonas, já no Estado do Amazonas.

Contexto

O contexto de ocupação da região, originalmente habitada por diferentes povos indígenas, é decorrente principalmente da exploração da borracha, que incentivou a migração de pessoas do nordeste para Rondônia em busca de trabalho nos seringais. Após os ciclos e  declínio  econômico da borracha, os modos de vida associados à pesca, extrativismo de produtos florestais e agricultura das comunidades se fortaleceram. Isso configura à região uma riqueza cultural, de pessoas com muitas vivências, histórias e saberes. 

O território também é marcado por conflitos. São diversas as pressões socioambientais que atravessam as comunidades, que estão em uma das poucas áreas ainda preservadas de Rondônia, um dos estados mais desmatados da Amazônia. 

As consequências advindas do processo de ocupação foram sendo agravadas ao longo do tempo com o garimpo, desmatamento, queimadas e os projetos desenvolvimentistas de exploração da Amazônia. Entre eles, a construção de usinas hidrelétricas no Rio Madeira, que trouxeram transformações e impactos ambientais, sociais, econômicos, culturais e territoriais para a região.